segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tango do PSD


Salada Laranja

CAVACOMANUELAPEREIRAMENESESCOELHOJARDIMANTAORIOANTONIOANTONIOPASSOSANGELOFELIPEAMARALLOPESLOPESCORREIAMENDESPACHECOSILVAANTAOJARDIMMARQUESANGELOBORGESCOELHOTAVARESBOTAISALTINOSEARACATROGACARMONABALSEMAORODRIGUESSARMENTOCAPUCHOFERREIRACARLOSLOUREIROCASILVAPEREINELAANJARDIMTONIOLOPESSANRIOLOPASSOSLOLOLOANJONIOPENESESCARIONELASISIMENTAOCAPENACOMEPARAPECORIPAPIPICOCOPENICONHANHANANHANANANHALELELENAVAPOENDESTICOTICOCOCOCOROTLIMTLIMPIMPAMPUMCATRAPUZOLARILOLEAXAXOMOTAMPAXABCXYZARATRUSTAAMEN.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A SURPRESA SÓCRATES

Eu até não vou muito à bola com Sócrates. O nosso primeiro ministro é uma pessoa muito fria, demasiado cerebral, e até antipático, por vezes. Nem sequer tenho estado de acordo com algumas das suas políticas.Tenho concordado com grande parte delas e tenho que reconhecer-lhe uma boa dose de coragem.
Todavia, no que se refere à crise financeira e à apresentação do OE 2009, tenho que tirar-lhe o chapéu. Na crise, reagiu de imediato, com firmeza, dando o exemplo aos outros dirigentes da UE ( e da América), defendeu tanto quanto possível, os interesses de Portugal e dos portugueses, manteve a calma e a tranquilidade, tendo-a transmitido aos outros, às grandes cabeças pensantes e ao público em geral, contrastando com o alarido e as piruetas de toda a oposição. Quanto ao OE , cumpriu os prazos e preparou o mais adequadamente possível o documento, tendo em linha de conta a complexidade da conjuntura e a alteraçao drástica de algumas medidas programáticas. A crítica mais substancial que as oposições apresentaram, cifrou-se na hora e meia de atraso na entrega dos documentos. De salientar, em ambos os casos, a posição inestimável do ministro dasfinanças Teixeira dos Santos.

Pobre Manuela F.L. e seus acólitos. Como poderá ela gerir o País? O resto das oposições foi apanhada com as calças na mão...
É a vida, como diria o outro.
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Legislativas nos Açores

Embora sem grande surpresa o PS, liderado por Carlos César, venceu as Eleiçoes Legislativas nos Açores.Venceu de maneira incontestável, por maioria absoluta, com 49,96 % dos votos (30 deputados no total de 57).
Acresce que conquistou para o PS as nove ilhas do Arquipélago.
De referir a alta percentagem de abstençao, 53% , a maior de sempre, talvez pela controvérsia gerada em torno da discussão do Estatuto Político para aquela Região.

Inicia-se assim, com optimismo, o ciclo político que irá decorrer durante todo o ano 2009.


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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Até eu votava Obama


Claro que compreendo a importância das eleiçoes americanas, para os USA e para o mundo em geral.Todavia tenho sérias dúvidas sobre o "sistema democrático americano", quer no âmbito doméstico, que consubstancia o chamado "american way of life", em que largos milhões de americanos não têm quaisquer direitos e vivem abaixo do limiar mínimo da pobreza, quer sobretudo na sua vertente externa, a qual se traduz no "complexo militar norte- americano" e se alimenta através do poderio das grandes multinacionais.

Custa-me muito ver que a Europa vem macaqueando cada vez mais o modelo americano, em que os europeus se comportam como os caseiros e a América como dono e senhor das propriedades.
Dito isto, claro que, se eu fosse americano, certamente votaria OBAMA.
Bush e o seu gang bateram no fundo. Depois das guerras injustas e assassinas do Iraque e do Afeganistão, da tragédia do Katrina e da desgraça da crise das bolsas.

Apesar de tudo, resta-me ainda alguma esperança de que OBAMA ajude a remir alguns dos pecados da América, ao mesmo tempo que continue a fazer sobressair algumas das suas grandes virtudes.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A outra face da crise

Contraponto

1- Alguém disse um dia que a economia e as finanças eram assuntos demasiado importantes para serem entregues exclusivamente nas mãos de ecomistas.

E nas mãos dos políticos?

2- Churchil afirmou, durante a 2ª Guerra Mundial, no decorrer da batalha de Inglaterra, e sobre os pilotos da RAF, que nunca tantos, deveram tanto, a tão poucos .

Trocadilhando, para o caso da crise financeira actual, pode dizer-se que nunca tão poucos, deveram tanto dinheiro, a tanta gente.
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terça-feira, 14 de outubro de 2008

E se já descolou?

Perguntas, David, no teu último post "Porque não descola Obama?". E eu respondo-te: já descolou.


Tu referes uima notícia do DN, que dizes que se baseia no Real Clear Politics (na realidade não se baseia, pelo menos nos números da actualidade). É uma maneira de ver a coisa, principalmente se levarmos em consideração que a generalidade dos média portugueses estão, no mínimo, uma semana atrasados (se bem que no caso que apresentas, que estou a tomar conhecimento pelo teu post, devem estar quase um mês atrasados) não me parece um bom background para defender um argumento.


Em relação as grandes eleitores, temos os seguintes cenários:

Ao nível das sondagens nacionais, que valem o que valem nos EUA, em nenhuma delas (das credíveis) Obama está com menos de 5% de vantagem. A Gallup (provavelmente a empresa mais credível) dá 10% de vantagem.

Nenhum dos estados em competição actualmente é um estado ganho por Kerry/Edwards em 2004.

Todos os Swings States tradicionais estão do lado de Obama, sendo o único que ainda está em (pequena) disputa é o de Ohio.

Todos os Battlegrounds States existentes neste momento eram desde há muito Safe Republicans (Colorado, Missouri, Indiana, Carolina do Norte, Virgínia, West Virgínia, Dakota do Norte), alguns desde LBJ, em 1964.

Claro que, como se diz em bom português, até ao lavar do cesto é vindíma, mas ou acontece uma surpresa enorme (grande já não chega) ou Obama tem a vitória garantida.

Paul Begala dizia semanas que não acreditava que a um mês das eleições estivéssemos a discutir o Indiana. O que dirá ele neste momento

(Estes dados são de 14-Out-2008, por volta das 17h)

P.S. - Também publicado no Loja de Ideias

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Barak Winner Obama ?

A propósito de um artigo saído hoje no Diário de Notícias não quis deixar de acrescentar algo.

Apesar da vantagem referida de 277 grandes eleitores para Obama, retirada muito provavelmente da página do Real Clear Politics, existem considerações a ter que poderão influenciar os próximos dias de campanha.

Não me vou alongar muito sobre o próximo, e último, debate televisivo de 4ª feira, sobre o efeito que a "possível" resolução imediata da crise financeira poderá ter como estímulo a McCain, que tem sido muito afectado por ela, ou sobre o clima derrotista que trespassa grande parte do lado republicano, onde já há quem tema que o efeito Obama possa afectar muitos dos seus candidatos a Governador, Senadores ou Representantes (já existem Republicanos, Lee Terry-Nebraska, a publicitarem em anuncios apoiantes seus como sendo "votante Obama-Terry").

Queria sim alertar para algumas condicionantes que vão para além do efeito Bradley, ou para a importância deste não analisada ao pormenor.

Efectivamente existe o receio por parte de democratas, especialmente do seu staff, do perigo que o preconceito racista poderá representar no dia da votação, na altura exacta do voto, especialmente se aliado ao factor vitória segura que poderá desmobilizar alguns votantes.

Tudo isto torna-se muito importante nesta eleição pois Obama veio rasgar o tradicional panorama eleitoral americano e os estados que poderão ser decisivos para o dia 4 de Novembro.

É um facto que Obama tem neste momento a vitória à vista, com base nos estudos de opinião actuais, e está a ganhar pontos em estados até há pouco impensáveis como o Dakota do Norte ou a West Virginia. Também é verdade que quando nas sondagens nacionais McCain esteve com 2 pontos à maior, Obama era declarado vencedor nos grandes eleitores.

Porque então não descola mais Obama nos estudos nacionais se em estados tradicionalmente Republicanos consegue recuperar quase 15 pontos relativamente às 2 vitórias de Bush sobre Kerry e Gore ?

Acontece que Obama não tem nalguns estados tradicionalmente Democratas a simpatia dos eleitores que é hábito nos anteriores candidatos, de que é exemplo o estado de Massachussetts. O que talvez se possa chamar efeito Obama diminuiu as diferenças eleitorais entre os vários estados americanos, talvez por paradoxalmente tornar as bases eleitorais de cada candidato mais distantes.

Veja-se a matriz da origem das várias populações, talvez mais importante que nunca nestas eleições.

Esta subversão do tradicional panorama eleitoral pode ser indicativa de surpresas de última hora, seja num sentido seja noutro, nomeadamente em estados menos tradicionalmente disputados, visto serem muito poucas as últimas sondagens aí realizadas.

Veremos os próximos dias...
 

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Entenda a Crise americana do Subprime

Não sei a origem pois chegou-me por email, pelo que é impossível saber a quem atribuir o crédito. No entanto quis partilhar convosco pelo que aqui segue o "plágio".

"É assim:

O Ti Joaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos 'fiados' aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose do tintol e da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do Ti Joaquim, um ousado administrador formado em curso muito reconhecido, decide que o livrinho das dívidas da tasca constitui, afinal, um activo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o 'fiado' dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Joaquim).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e a tasca do Ti Joaquim vai à falência. E toda a cadeia sif ...deu.

Viu... é muito simples...!!!"
 
 

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

VOTO INÚTIL

Devo confessar que nunca consegui convencer ninguém a militar no PS (ou noutro partido qualquer). Várias vezes tentei, mas havia sempre uma desculpa óptima para cada caso. Por isso não vale a pena estar com patranhas, quando eu próprio só me tornei militante, devido à persistênciado meu filho, que me fez perceber as razões e a importância de tal acto.Tal aconteceu no tempo em que o Jorge Sampaio abandonou o MES e aderiu ao Partido Socialista.
Eu tinha já votado em tudo o que cheirasse a esquerda, desde o Otelo, até ao PS incluído. Tive que engulir o sapo do Eanes, mas não o MRPP, que sempre foi um partido da direita reaccionária. Fui o que se pode chamar um votante anarquista.

Vem esta conversa a propósito de uma questâo que me tem preocupado nos últimos tempos:
Porque votam as pessoas?
Como votam as pessoas?
Raciocinemos do seguinte modo: dividamos o bolo dos votantes em 3 partes, valendo cada fatia aproximadamente um terço do bolo. Julgo que não andarei muito longe da verdade, se a repartiçao dos votos fôr do seguinte modo: cerca de 1/3 contra tudo e contra todos, o que corresponderia aos vários tipos de abstençao; o 2º terço juntaria os votos da esquerda, contra a direita e o último terço juntaria os votos da direita contra a esquerda.
No meio disto tudo sobram os militantes convictos dos vários partidos, que podemos estimar em algumas dezenas de milhares (talvez uma centena de milhar), para os principais partidos.Visto desse ponto de vista, a expressão "voto útil" , usada por tudo e por nada, deixa de ter qualquer sentido, porque efectivamente, a maior parte das pessoas não se "inscreve" numa opção bem definida, seja qual fôr, que se manifeste pela positiva. Os portugueses votam, em regra, quase que institivamente, pela facilidade com que se opõem ao contrário, em vez de se assumirem pelas próprias ideias, propostas e projectos. Dificilmente se questionam sobre a realidade mais profunda das coisas. Identificam-se mais pela obstrução, do que pela afirmação.

Voto inútil, porque pouco sustentável, mal caracterizado, indefinido e imprevísivel. É esse voto inútil que preeche o cinzento centrão, o qual, por sua vez determina a vitória ou a derrota deste ou daquele partido.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Disciplina de voto - "Bichinho de comité central ?"


Não poderia estar mais de acordo com o António José Seguro.

A disciplina de voto tem ultimamente sido utilizada demasiadas vezes em questões em que este meio é utilizado com a justificação da necessidade de alcançar os fins.

Ao que consta, no Comité Central ainda, pelo menos, se vota de braço no ar...
 

Eduardo Lourenço


A propósito do Congresso Internacional - Eduardo Lourenço que está a decorrer na passagem dos seus 85 anos saúdo o grande filósofo português pela sua riquíssima obra que tanto nos enriquece.

Ao meu amigo e camarada Mário Plácido deixo aqui um pensamento incluído no livro O Labirinto da Saudade de 2005 que talvez responda às inquietações do porquê de sermos sempre do contra.

“Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo.”
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

VOTO CONTRA

Toda a vida foi assim. Sempre fomos do contra.
Portugal quase sempre se assumiu contra quase tudo e quase todos.
Bateu-se contra os Árabes, lutou contra os Espanhóis, correu com os Franceses, aguentou-se com os Ingleses, estes sempre contra a nossa vontade.
Fomos a favor dos Descobrimentos mas contra a maioria dos povos que colonizámos. Desancámos os Filipes até os empurrar para a Espanha.
Andámos à pancada com os Judeus, até os pôr fora do País.
Mais tarde malhámos alternadamente, ora contra os liberais, ora contra os miguelistas.
Andámos à tareia com os Cabrais.
Depois estivemos contra os monárquicos, absolutistas ou constitucionais.
Desancámos o João Franco e acabámos com o Sidónio.
Durante a 1ª República sempre se lutou contra; contra os Reformistas, os Evolucionistas, os Unionistas, os Democráticos, e assim por diante.
Na 1ª guerra Mundial votámos a favor, para defender o Império Colonial
Português, contra as potências do Eixo.
Por uma vez na nossa história, Portugal teve uma atitude digna e de grande nobreza, ainda assim, uma posição contra: o nosso país foi o primeiro a VOTAR CONTRA A PENA DE MORTE. Foi um grande exemplo para o mundo. Só por isso, Portugal já valeu a pena.
Depois veio o Estado Novo e quase entregámos o jogo. Castrados, perdemos a vontade
de brincar à porrada, durante muito tempo. Era o tempo em que quase sempre
levávamos, e muito pouco dávamos.
Passámos a ser do Reviralho.
Lutámos outra vez para o contra, contra o Salazar, contra o fascismo, contra a guerra nas colónias.Contra o capitalismo e contra a guerra do Vietname.
Depois do 25 de Abril, fomos a favor da Liberdade e da Democracia, mas depressa ficámos contra os americanos, contra o capital e contra o capitalismo.
Contra Mário Soares e contra Álvaro Cunhal.
Contra o Soares Carneiro e contra o Eanes. Contra o Cavaco e o cavaquistão.
Sempre contra todos e contra tudo.

Como foi possível a um país pequeno e sem grandes riquezas mas com oito séculos de história levar a vida a lutar e a votar quase sempre CONTRA?
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